Joaquim Luiz Nogueira
Quando
falamos em símbolos, primeiro vem a mente os emblemas religiosos, aqueles como relatados
nos livros sagrados, sendo que a maioria deles, revelaram aos homens o amor espiritual do tipo ágape, definido por
Joseph Campbell da seguinte maneira, isto é, são como: “as luzes que se apagam
por assim dizer, e o que quer que esteja ao alcance torna-se objeto do amor
(....) renunciando ao ego, ao juízo do ego e a preferência do ego” “CAMPBELL p.
160)
Do
outro lado desta fronteira temos os símbolos ligados ao corpo, este é guiado
por necessidades naturais, desejo e prazer. O homem orientado pelo símbolo
corporal, segue sentidos particulares, que segundo Campbell, “obedece ao
fascínio dos sentidos”. (CAMPBELL, p.160).
Se
o primeiro, podemos chamar de simbologia de Direita e o segundo de Esquerda,
uma terceira via, aparece como sugestão para não optarmos pelos símbolos das massas ou tribais, mas que possa
simbolizar princípios individuais e desenvolver perspectiva, imaginação,
seleção, projeto, organização e visão pessoal. Joseph Campbell denominou essa
saída como atividade de “descobrir a si
próprio e preservar esse terreno conquistado frente à oposição dos antigos e
novos pensadores, tribais e de massa” (CAMPBELL, p.161) .
Desta
maneira, aquilo que chamamos de vida nos move por simbologia pessoal, sublimada
pelos sentidos do corpo. Trilha angustiante, mas que, alimentada pela ação e
reação, forma uma espécie de luz própria gerada pelo indivíduo, cuja qualidade
depende daquilo que o exulta e ao mesmo tempo, também o potencializa.
Vamos
retomar, no primeiro caso, você veda todos os sentidos do corpo e ama o próximo
como a ti mesmo e este amor te ajudará a ficar longe de encrenca, melhorando a
convivência com os seus amigos e não terá inimigos. No caso seguinte, os olhos
e seu coração, e espero que este seja nobre, ambos, podem se encarregar de
fazer a seleção, cujo critério pessoal, será luxúria, desejo e prazer.
O
terceiro, talvez, como afirmou Joseph Campbell, mesmo sendo de caráter pessoal apresenta “o amor como um terceiro princípio, seletivo e discriminador (...) é o caminho
que está diante de cada um, dos olhos e com sua mensagem ao coração” (CAMPBELL,
p.161).
Fonte: Joseph Campbell, Mitologia Criativa
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