A interpretação e o julgamento humano na visão de João Amos Comenius

 

                                                                       Joaquim Luiz Nogueira 


De acordo com João Amos Comenius[1] os Sentidos externos do corpo, assim que se depara com o imediato, ou seja, esta imagem funciona como algo intermediário entre o objeto visualizado e a realidade conhecida e arquivada pela memória. Neste estágio, não se julga e portanto, acumula se o máximo possivel de experiência denominada como concreta, isto é, a fase em que o indivíduo faz a nomeação dos objetos  

Nesta fase também ocorre a aprendizagem por gestos, pois estes, antecedem a linguagem, trata-se da identificação advinda pela visualização que associa certos movimentos aos respectivos significados interpretados pelo corpo, estágio inicial da apropriação do conhecimento do mundo externo. Os sentidos internos do corpo, os quais pertencem a um plano superior de conhecimento, cuja origem vem de todos os sentidos do corpo, tais como visão, audição, tato; etc.

No entanto, estes dados percebidos pelos sentidos param na periferia dos órgãos sensoriais, formando um único sentido, aquilo que denominamos de senso comum ou imagens de simulacros. Segundo o Wikipédia “Simulacros são cópias que representam elementos que nunca existiram ou que não possuem mais o seu equivalente na realidade. Simulação é a imitação de uma operação ou processo existente no mundo real”.

Nesta espécie de visão de caleidoscópio, isto é, de imagens justapostas, cujo papel é de recolher todas as sensações externas, e portanto, aqui entra a imaginação, já que as imagens recolhidas devem ser interpretadas, comparadas, classificadas e julgadas. Todos estes conceitos ocorrem no nível das imagens particulares de cada indivíduo e adequado a certas circunstâncias ou contextos vividos.

 Para  concluir esta etapa, entra a memória, pois esta permite adequar o comportamento as circunstâncias particulares em que o indivíduo se encontra, ou seja, os sentidos internos do corpo que começam a trabalhar, estas imagens internalizadas ganham ênfase no lugar dos objetos externos. 




[1] Jan Amos Komenský foi um bispo protestante da Igreja Morávia, educador, cientista e escritor checo. Como pedagogo, é considerado o fundador da didática moderna


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