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Foram mais de um ano de pesquisa em livros sagrados e publicações científicas e cinematográficas, sendo o resultado, essa obra que busca o diálogo com o invisível a partir de relatos que ocorreram ao longo da História da Humanidade.
Veja um trecho deste livro
Introdução
Numa lacuna entre a visão
consumista do ser humano e a capacidade imaginária livre, há certa fronteira que ultrapassa o corpo físico
e mergulha no universo animista, ou seja, no espaço que fica entre o visível e
o invisível, lugar povoado pela existência construída ou realidade, parceria
entre a mente humana e a qualidade do acreditar, e que, de alguma forma,
participa na edificação das ações visíveis.
A tentativa humana de
interferir ou interpretar certo universo, além da consciência corpórea, lança o
homem numa jornada rumo à eternidade. E isso abre uma lacuna entre o corpo
físico, cuja visão humana reconhece pelos órgãos do sentido, e, do outro lado
desse universo visível, escapa a compreensão da limitada mente.
Entre aquilo que a psique
humana conhece e manipula e o desconhecido, surge um campo rico para evolução
imaginária. Nele, tudo é possível, desde que possamos criar e dar materialidade
naquilo que geramos. Este livro se inicia pelas escadas animistas nas quais as
qualidades do mana carregam a capacidade para dar vida a uma infinidade de
seres visíveis e invisíveis a partir da imaginação.
O pensamento animista, tido
como infantilidade dos povos primitivos, segundo registros científicos
modernos, surgiu como necessidade para solucionar problemas reais de ameaças,
preocupações e medos, numa época que a linguagem e algumas técnicas
rudimentares complementavam o direcionamento entre líderes e seus grupos.
Ao considerarmos as imagens,
sons e sabores como manifestações sentidas, interpretadas e comunicadas em
ordem de importância, segundo contextos naturais, sociais, econômicos e
religiosos, a evocação de estados ideais desejados e a criação de símbolos com
objetos e amuletos correspondem às necessidades do corpo humano em cada época. ( ....)
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