Carta de Cássia Eller e o Diálogo com o invisível


Joaquim Luiz Nogueira

Seria necessário fazer muitas reflexões sobre algumas palavras e frases citada pelo suposto artigo que circula na internet e nas redes sociais, cujo foco seria uma carta psicografada da cantora Cássia Eller.
Como pesquisador e autor do livro “Diálogos com o Invisível”  sou também tentado a uma reflexão deste tema tão complexo a partir da seguinte frase da referida carta: “tentamos forjar as leis maiores da criação com nossas más intenções e tendências viciantes”.
     No livro, “Diálogos com o invisível”  comentamos queEntre aquilo que a psique humana conhece e manipula e o desconhecido, surge um campo rico para evolução imaginária”. No entanto, quando imaginamos as leis maiores da criação, estamos falando da perfeição do criador e mergulhamos em oceanos infinitos de águas cristalinas e deste posto elevado da consciência, podemos observar más intenções e tendências viciantes.

  Outro ponto importante desta narração também pode ser comparada a frase dita por Jesus, segundo  João 6:37, que diz "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora". E neste sentido, a carta cita “Tudo fica registrado num diário mental que traça nosso destino futuro, no bem ou no mal”. E para concluir esse pensamento, o livro “Diálogos com o invisível” coloca que no magnífico campo da imaginação, “ tudo é possível, desde que possamos criar e dar materialidade naquilo que geramos”.

De outro lado, vejamos como a suposta carta se refere ao lugar referido com uma espécie de lugar de transição entre céu e inferno: “O umbral não fora criado por Deus; ele é de autoria dos espíritos que necessitam de um autêntico e genuíno estágio educativo em zonas inferiores”. Este espaço, também sugerido ao criador pelo personagem de João Grilo no filme “O auto da compadecida” peça teatral de Ariano Suassuna, que o personagem pergunta a Jesus:  Ainda tem lugar vago no purgatório?

No entanto, a carta descreve que o umbral foi criado pelos espíritos que necessitam de um estágio educativo em zonas inferiores, pensamento muito próximo da cultura humana, cujas iniciativas tendem de acordo a descrição psicografada, ou seja, “depurar de suas construções aleijadas no campo dos sentimentos e dos pensamentos disformes, mal estruturados e mal conduzidos por nossa irresponsabilidade”,

O campo dos sentimentos obedecem contextos de épocas em suas construções, isto é, as ações humanas refletem culturas econômicas, sociais e religiosas em ordem de importância, segundo as necessidades do corpo humano:
Ao considerarmos as imagens, sons e sabores como manifestações sentidas, interpretadas e comunicadas em ordem de importância, segundo contextos naturais, sociais, econômicos e religiosos, a evocação de estados ideais desejados e a criação de símbolos com objetos e amuletos correspondem às necessidades do corpo humano em cada época. (NOGUEIRA, 2015)

Na carta encontramos  o seguinte conceito : “de mãos dadas com a imensa ignorância que nos faz seres infelizes e distantes da tão sonhada paz de consciência”. A palavra de reflexão talvez seja “ignorância” Termo este, que o livro “Diálogos com o invisível” também considera como elemento chave para a reflexão e o diálogo com o desconhecido e vamos terminar esta análise com a citação de contracapa desta obra citada:

Se o eterno incorporado nos homens também pode ser interpretado como uma construção contínua, cujos elementos do amor e da virtude tornaram-se a matéria-prima desta obra, na qual o término implica no conhecimento de quem somos, descobrir a função do homem nesta terra significa olhar para as estrelas, pois da compreensão do universo depende o diálogo com o invisível.

Fontes 

Nogueira, Diálogos com o invisível, 2015. www.autoresfree.com.br

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