Joaquim Luiz Nogueira
Aquilo
que supostamente conhecemos como eternidade, pode ser também conhecida como
linha do sofrimento, isto é, da transitoriedade dos elementos, cujas matérias,
passam pela dissolução. Assim, atribuímos valores diversos para aquilo que
deriva deste contexto, tais como: destino, sorte ou infortúnio.
Essa
linha se movimenta pela condição contextual que provoca o sofrimento, seguida
por exigências éticas, que ao reconhecerem qualquer progresso neste campo,
nomeia como relampejo de felicidade. Sendo que esta emoção e o seu ritmo, ambas
derivam da transitoriedade.
O
sofrimento se torna a base paradoxal da felicidade, pois conecta a vida
interior da pessoa com aquilo que é eterno, já que, o que denominamos vida
é apenas o ritmo de algo transitório. sendo perecer ou falecer os elementos moduladores do
ritmo da vida.
Felicidade
requer libertação de culpa e anulação do próprio sujeito frente à decomposição
da própria existência, neste sentido, uma idealização ou a simples aparência,
ambas, tornam-se elementos possíveis de estruturação e de organização das ações
vindouras para o indivíduo.
È
desta linha infinita de transitoriedade e de dissoluções, considerada pelas pessoas
também como destino, que oferece ao sujeito o ritmo da felicidade, assim como,
pequenas centelhas ou estilhaços, na qual o indivíduo denomina como progresso.
Trata-se de uma ação cuja origem possui como base: o futuro e o engendramento
do passado no sentido de reparação ou até de vingança.
Fonte
teoria de Walter Benjamin – conceito de tempestade – discutido por Judith
Butler em “Caminhos Divergentes” Judaicidade e critica do sionismo.
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