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Sumário
Máquinas e Esforço Humano: Liberação do Corpo, da Mente e
da Própria Máquina
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Tecnologias: O Mito de Uma Nova Fronteira na Imaginação Humana
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Novos Cenários: Desordem Orientadora e Imprevisibilidade .....................
Orientações e Destino: Atores Simbólicos, Conquistadores
e Consumidores
Realidade e Orientação: O Retorno ao Mito da Caverna de
Platão ..........
Felicidade Como Momento de Orientação
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A Instantaneidade dos Softwares e o Gosto por Coisas Momentâneas
........
Saberes, Crenças e Experiências: O Indivíduo Livre
..............................
Consciência, Surpresa e Mistério: Os Olhos se Abrem Para
o Mundo ...........
Natureza, Artificialidade e Moralidade
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Rompimento com a Moralidade e a Via da Aventura Pessoal
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Desejo de Controle: Vencer no Amor e Socialmente
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Individualidade e as Novas Liberdades do Século XX
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Conceito de Multimídia e o Indivíduo Participante ..................................
Inversão de Papéis: Tecnologia e Invisibilidade
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Nova Necessidade: Interpretar para Controlar
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Vontade Humana e Racionalidade Mecânica
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Dedicatória
A cada abrir de olhos de uma criança, o mundo se revela
de forma misteriosa e encantadora. A curiosidade nata ao explorar cada
horizonte ao seu redor faz surgir, a partir dos sentidos do corpo, as primeiras
experiências pessoais de alegria, surpresa, dor, eventualidade, comparações e
interpretações.
Este
livro é dedicado às lembranças de infância, cujos valores percebidos se
mesclaram a todas as outras fases da vida e moldaram a linguagem, os gestos e
as ações. Elementos, que mesmo com as incorporações de uma diversidade de
outros, mapearam o caráter e o sonho pessoal de cada leitor, que pode
reconhecer, nessa leitura, a força dos contextos que os impulsionaram.
Introdução
Algumas preocupações dos dias de hoje nos
despertam para uma busca e, ao mesmo tempo, despertam o diálogo necessário
entre épocas passadas e inquietações do presente. O fato de enfrentarmos
questões tão complexas em todas as áreas do conhecimento no mundo atual, cujas
comunicações quebraram as barreiras físicas e destruíram as certezas,
desencadearam novas fronteiras para os indivíduos e seus sonhos.
Nesse contexto de imprevisibilidades, as
inclusões dos indivíduos como participantes das decisões sociais, mesmo que
sejam, com suas imagens, gestos ou palavras, inéditas para muitos, provocaram
estranheza e novas interpretações. Diferentes tipos de linguagens que, por atraírem
a atenção pelas sensações de facilidades e novas liberdades, deslocaram o campo
de interesse e inverteram habilidades e competências entre pessoas e máquinas
ao longo de cada época histórica.
Esta obra abordará pontos intrigantes entre
os séculos XII e a atualidade que, do ponto de vista ocidental, sacudiram e
transformaram as experiências individuais humanas. Tais elementos, referidos
neste livro, não só modificaram as maneiras como os homens passaram a conduzir
seus corpos, como também suas mentes. Algumas iniciativas pessoais, mesmo que
mescladas às orientações seculares ou sujeitas a castigos, apontaram novos
horizontes de liberdade.
Ao longo desse período, os homens buscaram
desde o retorno a uma visão de pureza natural, linearidade e de ordem quase
divina, até a criação artificial de contextos: as máquinas não só libertaram os
homens de trabalhos forçados, como também despertaram na mente humana a
capacidade para imaginar mundos sem dor e sofrimento.
Tendo como pano de fundo os avanços
tecnológicos que ocorreram no período em questão e os novos cenários criados em
cada época escolhida, investigaremos a partir dos impulsos das experiências
individuais dos cavaleiros medievais, conhecidos na literatura como trovadores,
e acrescentaremos, em momentos oportunos, a evolução biológica e o avanço das máquinas.
A finalidade, se é que podemos falar dessa
maneira, seria a tentativa de mapear os elementos que atuaram ou ainda participam
da definição de rumos pessoais nos dias de hoje. A historicidade de como esses
elementos se manifestaram em diversas épocas e sociedades do Ocidente,
caracterizados como surpreendentes, revelaram-se como informações acidentais,
mas que provocaram comparações e mudanças junto às experiências pessoais.
Analisaremos alguns passos dos avanços
tecnológicos, biológico e os cenários da comunicação de massa e das
multimídias. Apontaremos os passos da evolução tecnológica, que despertou
consigo também novas orientações para o livre arbítrio das pessoas, desencadeou
elementos tais como promessas, novidades e possibilidades.
O mundo atual das incertezas e dos acasos
direciona indivíduos para campos mesclados entre leis divinas, contextos
artificiais, naturais, circunstâncias e vontades humanas livres. Felicidades e
deleites, incorporadas ao tempo da instantaneidade, mas sobreposto a elementos
de moralidade. A aventura do desejo humano em meio a caos e ordem, horror e
alegria.
A forma como esses elementos desencadearam
comportamentos, ora movidos pelo coração, ora comandados pela máquina, outras
vezes por interpretações, de certa maneira guiaram ou ainda orientam os
indivíduos em suas experiências pessoais.
Alguns teóricos contribuíram para a discussão
desses elementos, dentre eles a psicanálise de Slavoj Žižek, as ideias de Edgar
Morin e do especialista em mitologia comparada Joseph Campbell. O autor busca
oferecer elementos ao leitor, para que esse seja estimulado a pensar como
contextos naturais ou artificiais constroem experiências pessoais, objeto de
estudo de Joaquim Luiz Nogueira.
Máquinas
e Esforço Humano: A Libertação do Corpo, da Mente e da Própria Máquina
A primeira e mais
característica –
que vitaliza todas – é a de trazer
à tona e sustentar um sentido de
espanto diante do mistério
da existência[1]
que vitaliza todas – é a de trazer
à tona e sustentar um sentido de
espanto diante do mistério
da existência[1]
E se forem apenas as
próprias
exceções que criam, retrospectivamente,
a ilusão da “norma” que elas
supostamente violam?[2]
exceções que criam, retrospectivamente,
a ilusão da “norma” que elas
supostamente violam?[2]
Na
época atual, cujos avanços tecnológicos tentam modificar a história da
humanidade e envolver a participação de todos em confrontos diretos, com
indagações que abrangem desde a identidade pessoal e a dignidade humana até as
questões de avanços na área da biogenética, levantam-se aspectos interessantes,
rumo aos princípios que nos apontam direções no século XXI, vejamos essas
preocupações nas palavras de Žižek:
hoje vivemos uma
época extremamente interessante, na qual uma das principais consequências de
avanços como a biogenética, a clonagem, a inteligência artificial e outros é
que, talvez pela primeira vez na história da humanidade, temos uma situação em
que o que eram problemas filosóficos são agora problemas que dizem respeito a
todos (...) confrontam–nos diretamente com perguntas referentes ao
livre–arbítrio, à ideia de natureza e do ser natural e à identidade pessoal
(...) certas perguntas - tais como o que é a dignidade humana, onde fica a
responsabilidade moral, e outras similares – que tradicionalmente, eram
indagações filosóficas. (ŽIŽEK, 2006, p. 70)
Preocupações como o livre-arbítrio em uma
sociedade dominada por uma comunicação complexa de diversos aparelhos criados
para facilitar a circulação de mensagens entre pessoas e, ao mesmo tempo,
orientá-las nas ações cotidianas. Neste sentido, surge uma atmosfera de dúvidas
e incertezas quanto ao caminho que devemos seguir frente a inúmeras sugestões
proporcionadas por uma teia de saberes, advindas das novas tecnologias. Desse modo, temos o encontro de uma herança
baseada na visão
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