Caminhos da Serra de Botucatu

Imagens dos caminhos da Serra de Botucatu 
Flor da serra 
Portais 

 Estrada
 Ruínas 
 Ruínas
 Ruínas
 Moradias Antigas 

Chupim do Brejo 
 Estrada cortada por rio 
 Base da nuvem 
 Base da nuvem 

Inteligência artificial: o oráculo moderno


Joaquim Luiz Nogueira 

A “caixa de busca do Google”, principal mecanismo das tendências de mercado e das políticas de investimentos financeiros no mundo, significa algo semelhante a uma evolução do antigo oráculo grego, cujas consultas, possui de um lado um humano desesperado e do outro lado, um complexo jogo de sinais, no qual, o sentido e a solução para os problemas reais, são totalmente decisões daqueles  que fazem as consultas.
Desde a Antiguidade, o homem necessita de uma luz que possa apontar a direção mais adequada para seus passos, pois toda mitologia cósmica serviu para amparar as decisões humanas no passado distante, e hoje, as unidade de “bits” de uma máquina, apontam tendências e motivações, com base em cliques ou palavras digitadas nas caixas de busca da internet.
Os buscadores agem de forma quantitativa ou sob o comando de patrocinadores, que constroem conceitos com objetivo de influenciar as decisões daqueles que buscam respostas prontas. Por trás dessas respostas se encontram grandes investidores financeiros, que semelhante aos grandes ímãs, atraem os desesperados, apressados ou necessitados.
A linguagem do mercado atualmente vem pelo verbo “agregar”, que funciona também como uma espécie de atração, significa encontrar algo que tenha valor, e, em seguida, aproximar seu produto do mesmo, para que o observador faça a junção ou sobreposição, mesclando-se assim numa trama de valores.
Tomar decisões com base nos buscadores da internet, sem conhecer os mecanismos responsáveis pela apresentação desta ou daquela resposta, significa cair na armadilha daqueles que patrocinam as respostas que aparecem na tela de seu computador ou celular.


Justiça vedada no julgamento do Lula


Joaquim Luiz Nogueira

Seguindo a teoria semiótica de Jean Marie Floch, a imagem acima (charge do Jornal Folha de S.Paulo) oferece uma leitura intrigante, pois temos o desenho da deusa da justiça romana, cuja mão direita segura a espada abaixada e ancorada firmemente sobre a mesa do Tribunal Regional Federal 4. Nas três figuras que representam os juízes, da esquerda para direita, temos um careca lendo atentamente um documento, depois vem outro com perfil mais jovem e de cabelo espetado, sendo que no último juiz, o chargista incorpora uma espécie de quipá sobre a cabeça dele, um símbolo da cultura judaica.

Os olhos da deusa da justiça estão vedados, comunicando ao leitor que ela não pode enxergar, então, sobre sua mão esquerda, em vez da tradicional balança que simboliza a justiça, o chargista do jornal apresenta um óculos com um olho em cada lente. As posições desses olhos se desviam dos juízes, parecendo ignorar a presença deles ou simplesmente, já que não pode ver nada, também não quer participar.

Portanto, a decisão pertence ao juiz careca, aquele que segura os documentos com as duas mãos como se estivesse lendo algo, enquanto os outros dois juízes, aquele de cabelo espetado e o do quipá, ambos estão concentrados, já que paira sobre eles a decisão final. 

Fonte: 
http://portaldemandalas.blogspot.com.br/2011/08/deusas-da-justica.html  (veja imagem da deusa da justiça romana).
http://edicaodigital.folha.uol.com.br/
Livros de Jean Marie Floch
Jean-Marie FlochLivrosVisual identities
Visual identities 2000
Semiotics, Marketing and Communication: Beneath the Signs, the Strategies
2001
Sémiotique, marketing et communication: sous les signes, les stratégies
1990
Semiotica, marketing e comunicazione: dietro i segni, le strategie
Identità visive. Costruire l'identità a partire dai segni
Identités visuelles
1995
Les formes de l'empreinte: Brandt, Cartier-Bresson, Doisneau, Stieglitz, Strand
1986
Forme dell'impronta. Cinque fotografie di Brandt, Cartier-Bresson, Doisneau, Stieglitz, Strand
Une lecture de "Tintin au Tibet"
1997
Petites mythologie[s] de l'œil et de l'esprit: pour une sémiotique plastique

1985

O Passado como portador de fragmentos messiânicos


Joaquim Luiz Nogueira

O passado comporta pequenos fragmentos incrustados, que Walter Benjamin usou os termos estilhaços ou lembranças, para nos esclarecer como ele definia o conceito messiânico. Significa que quando apoderamos de uma lembrança, ela se transforma numa espécie entendida como aposta.
Trata-se de uma forma de lampejo que ocorre diante de estado de perigo ou preocupações com ameaças. Funciona de forma que aquilo no qual ordena para o indivíduo, estivesse em outro tempo, uma “força” que poderá entrar em qualquer segundo e oferecer alternativas.
Tais fragmentos passam a fazer a diferença numa interpretação ou escolha, pois impõe – se por meio de reivindicações repentinas que rompem com o tempo, constituindo-se uma “mobilização do acontecer”. Este lampejo trava a história como a conhecemos ao contrariar o regime temporal corrente.

Ao mesmo tempo reconfigura o tempo presente ao criar aberturas para história esquecida passar e inaugura-se o “tempo- do – agora”. Para Walter Benjamin, a ideia de progresso ao avançar deixa escombros, que são apagados pela marcha do mesmo. Ele também descreve  estes lampejos como uma forma luminosa e transitória que desconfigura a ordem das imagens.

O lado invisível que gera felicidade


Joaquim Luiz Nogueira

Aquilo que supostamente conhecemos como eternidade, pode ser também conhecida como linha do sofrimento, isto é, da transitoriedade dos elementos, cujas matérias, passam pela dissolução. Assim, atribuímos valores diversos para aquilo que deriva deste contexto, tais como: destino, sorte ou infortúnio.
Essa linha se movimenta pela condição contextual que provoca o sofrimento, seguida por exigências éticas, que ao reconhecerem qualquer progresso neste campo, nomeia como relampejo de felicidade. Sendo que esta emoção e o seu ritmo, ambas derivam da transitoriedade.
O sofrimento se torna a base paradoxal da felicidade, pois conecta a vida interior da pessoa com aquilo que é eterno, já que, o que denominamos vida é apenas o ritmo de algo transitório. sendo  perecer ou falecer os elementos  moduladores do ritmo da vida.
Felicidade requer libertação de culpa e anulação do próprio sujeito frente à decomposição da própria existência, neste sentido, uma idealização ou a simples aparência, ambas, tornam-se elementos possíveis de estruturação e de organização das ações vindouras para o indivíduo.
È desta linha infinita de transitoriedade e de dissoluções, considerada pelas pessoas também como destino, que oferece ao sujeito o ritmo da felicidade, assim como, pequenas centelhas ou estilhaços, na qual o indivíduo denomina como progresso. Trata-se de uma ação cuja origem possui como base: o futuro e o engendramento do passado no sentido de reparação ou até de vingança.

Fonte teoria de Walter Benjamin – conceito de tempestade – discutido por Judith Butler em “Caminhos Divergentes” Judaicidade e critica do sionismo.   

Pirambóia, um distrito de Anhembi

Acesso pela Marechal Rondon, lugarejo com algumas casas antigas e imagens de sítios e fazendas em meio a uma natureza exuberante. Uma igreja e ruas que terminam rapidamente. 











Exemplos de como as pessoas buscam o diálogo com o invisível

                           

Numa lacuna entre a visão consumista do ser humano e a capacidade imaginária livre, há  certa fronteira que ultrapassa o corpo físico e mergulha no universo animista, ou seja, no espaço que fica entre o visível e o invisível, lugar povoado pela existência construída ou realidade, parceria entre a mente humana e a qualidade do acreditar, e que, de alguma forma, participa na edificação das ações visíveis.
A tentativa humana de interferir ou interpretar certo universo, além da consciência corpórea, lança o homem numa jornada rumo à eternidade. E isso abre uma lacuna entre o corpo físico, cuja visão humana reconhece pelos órgãos do sentido, e, do outro lado desse universo visível, escapa a compreensão da limitada mente.
Entre aquilo que a psique humana conhece e manipula e o desconhecido, surge um campo rico para evolução imaginária. Nele, tudo é possível, desde que possamos criar e dar materialidade naquilo que geramos. Este livro se inicia pelas escadas animistas nas quais as qualidades do mana carregam a capacidade para dar vida a uma infinidade de seres visíveis e invisíveis a partir da imaginação.
O pensamento animista, tido como infantilidade dos povos primitivos, segundo registros científicos modernos, surgiu como necessidade para solucionar problemas reais de ameaças, preocupações e medos, numa época que a linguagem e algumas técnicas rudimentares complementavam o direcionamento entre líderes e seus grupos.
Ao considerarmos as imagens, sons e sabores como manifestações sentidas, interpretadas e comunicadas em ordem de importância, segundo contextos naturais, sociais, econômicos e religiosos, a evocação de estados ideais desejados e a criação de símbolos com objetos e amuletos correspondem às necessidades do corpo humano em cada época.
As incorporações pelos homens se estabelecem pelo poder de sentimentos como amor e ódio, beleza e estranheza, isto é, dependem do grau de grandeza e infinitude que se apresentam diante da realidade humana. Assim como um céu estrelado e até mesmo a visão de um oceano, cuja beleza destas visões, também podem tornar insignificante a presença humana.
Tais grandezas despertam analogias entre a potencialidade do homem e forças não controladas por ele. O sentimento de nulidade diante da imensidão desconhecidas desses abismos alimenta no ser humano a visão de liberdade, e essa, transformada em símbolo, cuja materialidade pode ser um objeto ou o próprio homem, constrói passagens rumo à eternidade.

Nesta obra, buscamos os possíveis caminhos criados pelos homens, com a finalidade de dialogar com o invisível, que, devido aos limites da compreensão humana, rituais, sonhos, linguagens e códigos, foram criados para iluminar a travessia.
Livro Diálogos com o invisível 

Venda email  jolnogueira@gmail.com  




Paisagens da Serra de Botucatu

Algumas imagens da Região de Botucatu 
Joaquim Luiz Nogueira
Base da nuvem, visão da estrada da Bocaina  

Estrada da Bocaina 

Cruz de ferro e a velha torre

Fazenda Indiana 

Ponte de madeira 



Livro: A construção do Indivíduo pelo Símbolo

  EBOOK DIGITAL- A CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO PELO SÍMBOLO - 104 pág. Arquivo em PDF POWER POINT  - Preço 49,90    Joaquim  Luiz Nogueira Venda...