Uma Leitura da Imagem de Jogos Vorazes: a Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

 


                                                                                                          Joaquim Luiz Nogueira 

Em uma leitura desta imagem, podemos ver uma estrutura que prende todos os envolvidos, cujo teto descoberto, mostra um céu com nuvens brancas recobrindo o azulado da atmosfera e abaixo diversas aves voando e se equilibrando sob a corrente de ar, de forma que, parece observar a cena abaixo.

Deste aspecto do sublime céu e aves voando no alto da imagem, que configura uma ideia de paz e tranquilidade externa, enquanto no contexto abaixo, cercado por uma estrutura que se eleva acima de todos, temos figuras humanas vestidas de diferentes formas e cores, distribuídas na forma de um quadrado, contrastando com o círculo das paredes que os cercam.

Embora estejam posicionados na forma de um quadrado, todos dirigem o foco de seu olhar e atenção para algo mais elevado que os seus corpos, enquanto, no centro e abaixo da imagem, encontramos o símbolo do coração humano e no seu interior, de forma centralizada a luz do sol mediando o encontro entre uma ave de aspecto de dragão e uma serpente entrelaçada ao coração.

Em uma visão simbólica podemos ter diversas interpretações sobre estes símbolos de coração, sol, serpente e dragão. No entanto, aqui vamos nos manter na imagem, cujos personagens parecem ignorar toda esta simbologia ao se concentrarem seus focos naquilo que está diante deles, porém, não presente na imagem, mais, algo assustador e de grande importância neste contexto de confinamento.

A imagem ausente, aquilo que o observador não pode ver se torna o ponto principal da atenção, instigando a curiosidade sobre o poder invisível, capaz de ser o foco dos diferentes atores que compõem o momento. Para uma reflexão, vamos verificar a temática: “Jogos Vorazes: a Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”. O foco “cantiga das serpentes” no mesmo contexto de “cantiga dos pássaros”, logo, temos uma metáfora, pois as serpentes não cantam de forma semelhante aos pássaros, porém, de alguma forma, elas possuem o poder, não de encanto, mais de causar o medo.

A imagem revela certo temor capaz de superar todas as diversidades apresentadas no contexto em que todos se encontram aprisionados. Mesmo no coração humano, temos uma luz sendo ofuscada pela presença muito próxima da ameaça representada pela serpente. O pássaro que se opõe a esta situação, tem aspecto diferente daqueles que voam no céu livremente, nesta circunstância ele ganha aparência de dragão, cujo um de seus diversos significados mitológicos, é ser guardião, aquele que defende e luta contra a maldade entrelaçada no coração humano.

Nesta imagem de ilustração do filme jogos vorazes 2023, a cantiga dos pássaros, com sua magia de encantar pela melodia e aspecto pacífico enquanto ser livre, acaba por se transformar ao lutar contra a maldade que ameaça controlar o coração humano.

Referimos ao símbolo de coração, o encontro na imagem entre o anel ou círculo com a Letra V de vorazes, situado no centro da imagem na parte inferior, no qual, o sol e o pássaro permanecem acima da superfície recortada por uma estrutura que deixa o observador sem a visão do solo em que estão pisando. De outro lado, a serpente se mostra de forma que abrange desde a superfície até tocar na palavra vorazes, isto é, se liga naquilo que está disposto a devorar as pessoas, porém, disfarçada em uma cantiga, ou seja, algo camuflado.

A imagem na visão do observador se apresenta como se os participantes estivessem em um palco elevado, cujo piso em que estão desaparece e mostra apenas pessoas recortadas pela estrutura que sustenta todos. No centro, o casal formado por um homem de punhos fechados e demonstra prontidão para a luta se posiciona de costa para a mulher, porém, ambos se unem ao direcionar o olhar e a atenção para fora da visão do observador. Suas cabeças tocam o céu de pássaros voando, símbolo da liberdade, ideias de harmonia que contrastam com o a ocultação de onde estão pisando na visão do observador.

A “Cantiga das serpentes” trata-se de uma metáfora ao ser comparada com a “cantiga dos pássaros”, pois a atuação das serpentes seria voraz. isto é, devorar as pessoas, porém, com desempenho disfarçado em cantiga de pássaros, de forma silenciosa e no contexto de paz. Uma ideia de tranquilidade e de ordem em meio ao caos, tudo controlado por um poder externo e invisível ao olhar do observador. 

Uma luta constante entre os diferentes, mesmo na presença de uma luz ao fundo do círculo, que parece iluminar ambos, porém, sem intervir neste jogo de opostos, cuja forma, os tais elementos como paz e tranquilidade possam existir entrelaçados com destruição e  morte


Definições de Arquetipos

 


Arquétipos

MENTES IN-FORMADAS ONDAS DE IN-FORMAÇÃO, TRANSFERÊNCIA DE CONSCIÊNCIAS ARQUETÍPICAS E OUTRAS INFINITAS POSSIBILIDADES Hélio Couto Edição Gratuita - PDF São Paulo, fevereiro 201

MENTES_IN_FORMADAS_ONDAS_DE_IN_FORMACAO.pdf     

Os conceitos abaixo pertencem ao autor do livro acima

São as inteligências primordiais do universo, energias conscientes, modelos de perfeição. A energia mais poderosa do universo, que induz as emoções e que modulam os neurotransmissores e simbolizam a perfeição de tudo o que existe no universo. Os arquétipos fabricam neurotransmissores e hormônios, pois como tudo é energia, as distribuições são feitas em ondas e frequências, traduzidas a partir de sentimentos e vontades, espécie de campo eletromagnético cujas informações estão codificadas desde a origem em uma coexistência em um mesmo espaço com diferentes frequências de ondas ou dimensões de realidades, que podem se condensar em matéria.    

Ao adquirirmos certo “acervo de experiências de arquétipos”, logo podemos a partir deles “sentir diretamente a consciência” de cada um deles. Os Arquétipos são universais, mas a aplicação deles é individual, isto é, liberam a energia criativa.

É possível regular o que se sente mudando-se a quantidade dos neurotransmissores que temos em nós. Usando-se os Arquétipos adequados podemos conquistar ou despertar no outro o sentimento do amor, da paixão e do desejo. “Platão se referia aos Arquétipos como ideias primordiais. Arquétipo é o projeto de tudo que existe. Nada pode existir sem antes ter sido pensado. O Arquétipo é a perfeição de tudo o que existe no Universo”.

Nos seres humanos os Arquétipos provocam reações afetivas e emocionais. Geram sentimentos através da modulação dos neurotransmissores e hormônios. Isso é da mais extrema importância em todas as áreas humanas. Tudo que se faz em publicidade é baseado em Arquétipos, para criar as neuroassociações com os produtos.

Isto pode ser feito manipulando-se os símbolos dos Arquétipos requeridos, pois ele produz o resultado emocional que desejamos. É preciso haver coerência com o que se pede para não haver conflito. O conhecimento dos Arquétipos, o conhecimento mental, o emocional, as experiências dos maiores expoentes naquela área específica ou qualquer área imaginável. Todo o conhecimento universal pode ser acessado e transferido.

Com o uso de Arquétipos negativos e mensagens subliminares é possível alterar completamente a produção normal dos neurotransmissores, criando todas as condições bioquímicas para a dependência da pessoa em relação a compostos químicos de origem externa. Podemos agregar a consciência de quaisquer Arquétipos, independentemente do tempo em que viveram: presente, passado ou futuro, encarnados ou não, de qualquer dimensão ou nível de evolução.

A  onda corresponde à transmissão de energia, sem transporte de matéria, que pode ocorrer num meio material (p. ex. água) ou não material (p.ex. vácuo). Um exemplo bem simples do movimento ondulatório é o das oscilações da superfície da água de uma piscina. Se atirarmos uma pedra sobre esta superfície, observaremos uma ondulação se afastando, igualmente, em todas as direções, do ponto onde a superfície foi perturbada.

Dá-se o nome de onda à propagação de energia de um ponto para outro, sem que haja transporte de matéria. os objetos quânticos se comportam ora como partículas ora como ondas, dependendo da escolha do observador. Quando um sistema vibrante é submetido a uma série periódica de impulsos (força externa) cuja frequência coincide com a frequência natural do sistema, a amplitude de suas oscilações cresce gradativamente, pois a energia recebida vai sendo armazenada.

Para os físicos, energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar um trabalho. Trabalho, neste caso, pode ser entendido como mover um objeto ou aquecer um líquido, por exemplo. Logo, para realizarmos qualquer tipo de trabalho, precisamos de energia. Exemplos de tipos de energia: cinética, potencial, térmica, eletromagnética, nuclear etc

O campo eletromagnético é que fornece a organização – a estrutura e a forma – da substância que chamamos matéria. Sem o campo eletromagnético, não haveria materialização ou manifestação de objetos sólidos. No seu livro Sinfonia da Energética, Salvatore de Salvo discorre sobre as ondas escalares:

“São ondas do tipo longitudinais, superluminais, ou seja, sua velocidade é superior à velocidade da luz e sua ação é instantânea. Transportam informação como padrões de energia vibratória no vácuo quântico. As ondas escalares são permanentemente trocadas entre todos os núcleos do Universo e o vácuo constitui realmente um fervilhante caldeirão de radiações escalares. Esse caldeirão cria as partículas virtuais e o fluxo dessas partículas do próprio vácuo. A compreensão do eletromagnetismo escalar permitirá ao homem manipular, ao mesmo tempo, o espaço e o hiperespaço (ou Vácuo Quântico). Dessa maneira, tornam-se possíveis os sistemas de comunicações instantâneos, os sistemas de viagens no hiperespaço, técnicas para materializar e desmaterializar e, de uma forma geral, de técnicas e sistemas por todos considerados impossíveis, exceto pela ficção científica.”

A onda escalar é o conector com o espaço dimensional superior – o Vácuo Quântico. Não é detectável pelos meios convencionais. A onda escalar é uma onda hiperespacial. Ela existe fora dos obstáculos do espaço e do tempo O Vácuo Quântico é o mar de energia virtual de onde tudo emerge. Podemos identificar nele o fundamento, a fonte que gera todas as coisas. Embora seja uma região situada fora do espaço-tempo, dá origem à matéria ao tempo e ao espaço que emergem como propriedades dimensionais.

O Universo se apresenta como um oceano de infinitas possibilidades. Tudo o que você quiser ser, ter ou fazer é, em última análise, expresso por uma equação matemática chamada função de onda. Quando você escolhe o que quer, provoca o colapso desta função de onda, tornando o que era apenas possível em algo provável. A sua consciência determina e permite a manifestação material das várias opções quânticas ao seu dispor. Sendo assim, você cria sua própria realidade em qualquer setor da sua vida.

Quando você deseja algo deve apenas desejar e sentir que já conseguiu seu intento. Isto é, você deve acreditar que aquilo já existe, sem nenhum traço de dúvida da sua parte. A dúvida paralisa o processo de manifestação. Ao mergulharmos nesse mundo desconhecido, como num salto quântico da mente comum, encontramos os Arquétipos que formam a essência do trabalho criativo. Arquétipos são as ideias primordiais de tudo o que existe

Arquétipos são as ideias primordiais, conforme afirmava Platão. O que ele quis dizer com isso? Que são as primeiras energias ou emanações presentes antes da manifestação física de algo. O Ideal. O Modelo. O Ser Perfeito.

Como tudo no Universo, os Arquétipos também têm um fundamento atômico. Eles realmente existem, fisicamente falando. Os Arquétipos pertencem à outra dimensão da realidade. Para se entender como funciona este trabalho, deve ficar claro que o substrato de tudo que existe é atômico. Além disso, quando se entende que as ondas eletromagnéticas e escalares atuam em todas as dimensões, entende-se todo tipo de manifestação ou fenômeno. Antes de qualquer coisa surgir no nosso Universo, ela deverá ter um projeto arquetípico

Os Arquétipos são energias vivas, conscientes, que se expressam no nosso mundo. São símbolos que provocam sentimentos quando os vemos, ouvimos ou percebemos, não importa se de forma consciente ou inconsciente. Podem ser formas, sons, gestos, símbolos, comportamentos, atitudes, situações, odores, toques, personalidades etc. A forma mais fácil de entendê-los é observando o resultado que produzem

Os resultados positivos são os efeitos que demonstram crescimento, prosperidade, realização, saúde, alegria, amor, etc. Resultados negativos são: depressão, pobreza, doença, suicídio, vício, morte, miséria, desemprego, separação etc.

Hoje em dia existem vários recursos técnicos para medirem-se os efeitos dos Arquétipos: eletroencefalograma, tomografia por emissão de pósitrons, ressonância magnética funcional e exames laboratoriais para medição dos níveis de neurotransmissores e hormônios. Com estes exames, é possível saber com muita precisão, o efeito que um determinado Arquétipo provoca no ser humano

Quando uma pessoa vê, ouve ou percebe um Arquétipo, determinados neurotransmissores e hormônios são produzidos pelo seu organismo, gerando emoções, depois sentimentos e provocando comportamentos. Os Arquétipos provocam uma resposta no mais profundo nível inconsciente, trazendo à tona sentimentos, emoções, comportamentos primordiais, arquivados profundamente na mente humana.

Usar Arquétipos é usar um poder ilimitado. Daí a importância de entender seu funcionamento. Por exemplo, mudando-se o tipo de Arquétipo que uma pessoa vê, pode-se mudar profundamente a sua personalidade, sua visão de mundo, sentimentos e comportamentos, reação aos acontecimentos, força, poder pessoal, saúde, atração sexual etc. Existem Arquétipos para todos os tipos de sentimentos, bastando apenas saber qual utilizar para a obtenção dos resultados desejados.

As metáforas e arquétipos são a melhor forma de passar um conhecimento para alguém e por isso são usadas desde tempos imemoriais. Os Arquétipos podem ser classificados pelos resultados que geram. Arquétipos Negativos e/ou Fracos São aqueles que inibem a produção dos neurotransmissores que dão a sensação de poder e felicidade. Induzem doença, depressão, melancolia, tristeza, depressão do sistema imunológico, pobreza, desemprego, suicídio, morte, separação, autossabotagem etc. Alguns exemplos de utilização negativa e/ou fraca:

O impacto emocional destes Arquétipos nunca deve ser subestimado. Provocam a superação de qualquer desafio, perda, luta etc. A produção de neurotransmissores por uma pessoa está relacionada com o Arquétipo que ela está vivenciando. Mudando-se o Arquétipo, alteram-se imediatamente os neurotransmissores (tipo, quantidade produzida ou assimilação).

Determinados Arquétipos induzem a produção de certos neurotransmissores e eles, por sua vez, induzem sentimentos e comportamentos correspondentes. Essa é a explicação de como os Arquétipos controlam nossos sentimentos e comportamentos.

A Gênese da Consciência A consciência do ser inicia como uma onda localizada numa das dimensões do Todo. Inicialmente, é um átomo primordial, que faz parte do Vácuo Quântico. Este átomo também é conhecido como Centelha Divina individualizada. Esta Centelha não tem nenhuma diferenciação em relação ao Vácuo, os dois são a mesma coisa. Por essa razão, não há possibilidade da Centelha experenciar as infinitas possibilidades.

Para que isso ocorra, é preciso que ela seja encapsulada e haja um obscurecimento do seu nível de consciência. Ela “esquece” de onde veio e começa seu lento processo de evolução. A evolução ocorre devido ao acréscimo de in-formações advindas das experiências nas diversas dimensões da realidade.

Jean Pierre Garnier-Malet, físico e pai da teoria das dobras temporais, descobriu que o tempo para nós parece contínuo, porém existem dobras temporais que permitem a troca contínua de informação de nosso presente para com o nosso passado e o nosso futuro. Essas dobras temporais trazem para o nosso cotidiano intuições, premonições e instintos vitais.

O fenômeno das dobras temporais explica que, uma vez que o homem é composto por partículas, ele existe simultaneamente em tempo real (perceptível) e em tempo quântico (imperceptível), este último com vários potenciais: memoriza o passado e/ou o futuro e transmite estas informações ao presente.

O que eu prometo é a transferência de qualquer in-formação, mas se a pessoa permite sua entrada é outra coisa. Quando ela parar de resistir terá o mesmo resultado dos grandes expoentes mundiais ou até maior. Quando o ego desaparecer e só restar a vontade da Centelha Divina isso será possível. Pode levar tempo, mas é plenamente possível para qualquer um que assim se comprometa com o processo. Aqui está a diferença entre envolvimento e comprometimento. Quem se compromete vai até as últimas consequências para atingir seu ideal 

Jung foi o único cientista que disse o seguinte: “Dentro do ser humano existem dois centros, um deles é o ego, o outro é o Self’, que é quem realmente comanda tudo”. O Self seria o equivalente à nossa essência divina, a centelha de Deus em cada um. Imaginem a força que o ego faz para ignorar de todas as formas possíveis a existência do outro centro!

Com o ego formado, começaria o processo que Jung chamou de individuação, que é a ligação entre o centro do ego com o centro do Self (Deus). Portanto, esta criança começaria a ligar-se a Deus e, gradualmente, seu ego iria diminuindo até ser totalmente incorporado pelo Self.

No momento em que ignora Self o indivíduo passará a arcar com as consequências, porque atrairá o que se chama “antimatéria”. A Antimatéria une-se à matéria natural do corpo e a anula, causando danos à sua estrutura energética e física, o que gera todo tipo de doença somática A Iluminação é o momento em que você reconhece que o Todo e você são uma coisa só, que você não passa de uma individuação dele e por isso tem capacidade de criar como Ele. Só que, a partir desse momento, tudo muda na sua vida. Simplesmente isso. 

Mas na base da realidade, na origem de tudo só há o Oceano Primordial de Energia Infinita – o Vácuo Quântico, Deus, o Todo, a Fonte. Neste nível não existe dualidade alguma, somente Amor e Criação Infinitos. O homem, através da ação egóica, é que polariza negativamente; seu ego é quem põe carga negativa nas coisas. Sendo um cocriador, ele cria carga negativa por onde passa.

Quando se cometem erros na vida, um atrás do outro, isso denota um padrão, um Arquétipo que está sendo vivenciado e só há um jeito de resolver a questão: unindo-se ao Todo. Caso contrário, essa energia terá de se manifestar, mais cedo ou mais tarde, com todas as suas consequências O que faz um Arquétipo? Ele é uma energia vibrando incessantemente. Tudo no Universo está vibrando, sem parar, querendo fazer, realizar, incorporar informação.

O Reino dos Céus é um estado de espírito, um estado de consciência, uma frequência, um nível de consciência, um estado de paz, harmonia, amor, prazer, crescimento, realização, contentamento, abundância, saúde, evolução contínua, onde se ajuda os irmãos, onde há fusão com o Todo, onde não há limites de forma alguma, êxtase contínuo, estudo sem limites, trabalho sem limites etc.

Os dados acima deveriam provocar um sentimento de humildade nos humanos ao perceberem que o que sentem sensorialmente do mundo é muito limitado. Fomos projetados para perceber muito pouco ou quase nada. Pois assim, acharíamos que este-mundo-é-tudo-que-existe. Percebemos uma faixa extremamente limitada do espectro eletromagnético. Quantas pessoas realmente estão interessadas em saber o que existe, que não vê, que não ouve, que não sente, o que existe em outras dimensões de frequências acima e abaixo da nossa? Esta Realidade Última que não vemos, ouvimos, sentimos etc., é que é o fundamento de Tudo-Que-Existe. Ignorar isso é sabotar totalmente a própria essência


Como os arquétipos constroem a Realidade

 

Como os arquétipos constroem a Realidade


Joaquim Luiz Nogueira 




O conceito de arquétipo opera no furo sobre a realidade ou visão imaginada pelo indivíduo. É o sentido em que ele preenche o vazio, isto é, sua interpretação significante que oferece o sentido, cujo efeito, torna-se a palavra ou imagem, algo que compõe a fronteira entre o seu imaginário e o elemento simbólico. É o vazio que estimula ou cobra uma ação de completude para descrever tal realidade ou continuidade. 

Aquilo que não aceitamos ou que não compreendemos, e que provoca angústia e ansiedade, também, criam portas para novas realidades no jogo de escolha das palavras. De acordo com a proposta de preenchimento dos espaços vazios pelo individuo, outros sentidos cristalizados se excluem naquela realidade ou imagem. 

Portanto, entra em cena, segundo a Teoria de Jaques Lacan, o sujeito desejante, já que o vazio da realidade não lhe faz nenhum sentido. E para ocupar este espaço vazio, o indivíduo responde com suas fantasias, sonhos, sintoma, trauma e todas as formações do inconsciente.

Aqui, alguns traços de caráter individual são elevados à condição de sublime, colocando o sujeito como prioridade na ocupação deste vazio, trata-se, segundo Lacan, da participação da realidade do inconsciente. Nesta tentativa de suprir o vazio por algo real do ser, temos uma porta aberta na direção daquilo que significa um pedaço de realidade para algo muito maior. 

Tal elemento que buscamos para preencher a lacuna faz uma espécie de ponte entre a realidade (do que falta) e o simbólico (aquilo que satisfaz), algo que pode ser nomeado como responsável pelo desencadeamento de novas ações a serem preenchidas por imaginação, ficção ou trauma.

A realidade se constrói a partir de efeitos, consequências ou resultados, deste modo, aquilo que nos provoca a sensação de ausência toca a realidade e condiciona para uma linguagem que não pode ser totalmente descrita ou traduzida devido a multiplicidade de elementos que não fazem sentido no estado consciente.

Trata-se de uma linguagem abrangente que só aproximamos dela pelo conceito simbólico do arquétipo, algo que produz efeitos próximos do impossível, porém, de forma enigmática, possui uma força epistêmica, cuja origem está no inconsciente.

O que nos escasseiam possui um elo com o seu oposto, sendo a ponte entre ambos, formada pelo simbólico. Deste modo, o que denominamos como realidade opera através da ausência e da interpretação, isto é, do significante que o indivíduo atribui ao que lhe é ausente. Seu discurso em palavras é o resultado desta fronteira entre seu imaginário e a simbolização que pode ser usada para preencher a lacuna.

O elemento simbólico representa a dimensão de toda a experiencia do indivíduo, condicionada por uma linguagem formada por subsídios simbólicos, espécie de traços que de alguma maneira tocam a sensibilidade, isto é, criam sentidos com o mundo do sujeito, com outros símbolos de sua cultura ou do campo de seu conhecimento.

As definições que formam o imaginário são compostas por símbolos e a forma como cada individuo percebe esta comunicação visível e até invisível produzem modificações na consciência. Este mecanismo conecta o individuo com algo maior do que ele mesmo e com um tempo que transcende o aqui e agora.

É no equilíbrio do consciente com o inconsciente, segundo Jung, que se dá o processo decisivo das ações do indivíduo, porém, como este equilíbrio é logicamente impossível, há uma necessidade de símbolos (ou arquétipos) que sirvam para tornar possivel esta estabilização. A fonte de produção de tais arquétipos está no inconsciente, no entanto, a consciência consegue ampliá-los.

Segundo Jung, o próprio inconsciente cria os símbolos para que ocorra um equilíbrio dos opostos. É para que a mente tome consciência daquilo que está confuso e assim, conseguir atuar enquanto individuo, sem os temores da consciência.

Esta linha de equilíbrio gerada por meio de símbolos e arquétipos, que aponta certo sentido para a vida individual de cada ser, cria ações e mecanismos, cujos efeitos na realidade, buscam a satisfação ou a realização de tais visões subliminares para o preenchimento das lacunas que lhes faltam. As respostas oferecidas pelos arquétipos ou símbolos se encaixam na falha da realidade de forma abstrata, semelhante a uma metáfora ou fábula, porém, depende em até que ponto, o individuo acredita nesta solução para que ela se torne real.  

Para Jaques Lacan, “o simbólico faz furo na realidade”. Logo, se o contexto oferecido ao individuo não lhe conforta, algo surge em sua consciência para lhe apresentar uma saída, mesmo que seja, uma sensação, intuição, palavra, imagem ou símbolo para excluir o sentido cristalizado da realidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

Referencias

O sintoma como criação/invenção de um sujeito

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141571282012000100004#:~:text=Em%20seu%20%C3%BAltimo%20ensino%2C%20Lacan,102).

Do Círculo de Eranos à construção do simbólico, em Carl Gustav Jung https://www.scielo.br/j/pusp/a/cHFwqY8sM47M5DggtY3VLgC/?lang=pt  

 

Livro: A construção do Indivíduo pelo Símbolo

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