Não
se trata de uma pessoa, porém, de uma autoridade simbólica. Ela é um título que
se identifica com aquele que deve agir como um prolongamento ou acréscimo da
instância simbólica na qual é representante. Encarnado nesta autoridade simbólica
que fala através do corpo e por suas palavras, cujo ato, praticamente, anula o ser
vivo, enquanto este se identificar com o mandato simbólico que lhe confere
autoridade a sua pessoa.
O
órgão sem corpo que discursa através da pessoa, cujo suporte, é algo fantasmático,
permite apenas uma pequena visão da lacuna que mostra um ser vivo com
inconsistências múltiplas. Trata-se de um sujeito controlado por um agente
mítico – invisível ou figura fantasmática.
A
pessoa real na qual se corporifica neste título age como a personificação desta
instância fictícia irreal, sendo um substituto da autoridade simbólica pública,
isto é, da aparição espectral invisível que age na sombra, invisível aos olhos
do público.
Uma
vez corporificado por esta instância simbólica, ele deve irradiar onipotência espectral
em seu mandato simbólico, pois segundo Kant, diante do fracasso da
representação, deve se usar a palavra “adequação” pois incita o entusiasmo.
Porém, Habermas, em sua ética do ideal de comunicação, pressupõe que “o ideal
de uma comunicação, já se realizou e que se deve acreditar e agir neste
sentido.
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